terça-feira, 18 de outubro de 2016

Ascensão da Direita no Brasil pós-Impeachment

Quanto ao crescimento ‘’da direita’’: Primeiramente, o que é direita?
Segundo, o que é a democracia senão um embate de ideias?
Terceiro, como querer essa democracia sem extirpar o avanço de partidos fisiológicos que já ocupam tanto espaço?

O Brasil até pouco foi um país com 50th shades of red. Finalmente o que se vê são novos layers de direita ascendendo. E aqui eu trago um cardápio de direitistas que divergem pra CARAMBA: [foto]




Eu uno a segunda e a terceira pergunta, num só ponto: partidos fisiológicos ocupam 49% das lideranças no Brasil. Isso não é no mínimo esquisito numa democracia funcional? Como assegurar que uma massa informe, Maria-vai-com-as-outras, que se molda à conveniência tenha tomado tanto espaço? Como haver democracia, que é na sua essência a colisão de idéias opostas, quando um grupo tão sem idéias, ocupou tanto espaço? Finalmente à chegada da direita nesse país! E até um esquerdista deveria glorificar de pé isso, porque não tem coisa mais contra produtiva do ponto de vista democrático do que a hegemonia do monólogo eleitoral.

E desculpa falar, mas a esquerda ao meu ver, tem cavado a sua própria cova e mostrado as unhas de que o politicamente correto só é usado quando lhe convém. Aqui eu trago dois exemplos. O primeiro você vai achar que é cartoon do satirista displicente da Charlie Hebdo, mas não: você está vendo uma publicação de ninguém mais ninguém menos do que da auto-proclamada internacionalista progressista Le Monde Diplomatique. A matéria racista de imagem racista de cabo-à-rabo fazendo referência um cartoon antigo que representava o negro como alguém lesado e preguiçoso.  http://migre.me/vdFEG
Outro caso, e esse pra mim é de longe o que eu tenho mais ojeriza foram as repostas racistas à eleição de Fernando Holiday.
Antes me deixa só te dar um bizu sobre o cara: Fernando Holiday é Pobre, negro, primeiro vereador GAY da história de São Paulo. E sabe qual foi a preliminar desse jornal ‘’’’’’’’’esquerdista, politicamente correto’’’’’’’’’’’’’: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/quantos-mandatos-fernando-holiday-do-mbl-cumprira-ate-tornar-se-negro-por-sacramento/

Isso sem contar com as respostas racistas dos internautas por meio de comentários de baixeza indescritível como: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj93kjx05AxAhDETgJaDee4zgZVQjo0PLhR1OxF7b3DNFZV5exi10aIQ6t6K-cTMcEBSVa0ZmtstMIDnwLI-PGKdC_dr4jweKkLRhkSYOEYKq60YZeHQSI7vp0xOmMUx7jkRjQ4RfDd8v89/s1600/modelo.png além de outros  que o chamaram de ‘’capitão do mato’’
(os escravos que ajudavam os senhores escravagistas a perseguir outros escravos) simplesmente por ser um Liberal. Pra que discriminação racial maior do que essa? Quer dizer que o racismo é perdoado quando é pra subverter a oposição? Que raios de justiça social é essa? 

Acredito que finalmente o Brasil acordou pra derrubar esse maniqueísmo esdrúxulo de que ou você está do lado dos que defendem justiça social ou do capitalismo que só explora as minorias. Que a verdade seja dita: a esquerda tem que parar de se achar monopolizadora das sensibilidades sociais. Isso é tão falacioso quanto a máquina pública ajudar ao mais necessitado. Precisamos de menos demagogia ideológica e mais embasamento empírico. A sociedade não pode ser laboratório de preferências partidárias.

Porque o Estado brasileiro oprime //

Aqui vou me ater puramente em estudos empíricos com os quais eu vou pulverizar a falácia de que o Estado- em especial o brasileiro- tem promovido alguma justiça social.

Então, porque esse maniqueísmo capitalismo X Estado no Brasil não funciona? Primeiramente por conta do sistema previdenciário, que assume a maior fatia dos gastos públicos (são 436 bilhões de 699,1). Segundo análise da IPEA (Institudo de Pesquisa em Economia Aplicada) servidores públicos correspondem a apenas 5% do beneficiários do INSS e recebem 20% dos recursos totais da previdência. Parece estatística do Occupy, só que dessa vez o vilão é o Estado. O Estado puxa a sardinha pra sim mesmo pra dar manutenção a... si mesmo! Os trabalhadores do setor privado tem que cumprir uma carga horária maior pra suplantar o que o Estado, enfim, assegura como direito a aqueles que trabalham em favor dos interesses dele mesmo.
Segundo aspecto, nem é preciso dizer nada sobre o mecanismo de concentração de renda chamado BNDS que fizeram transferências do tesouro nacional –na casa do trilhão! (isso mesmo que você leu!) para favorecer grandes empresas estratégicas. Em outras palavras, o Estado elegeu os grupos empresariais que deveriam continuar simplesmente enriquecendo.
Terceiro ponto, o que eu acho mais absurdo de todos, são os impostos no Brasil. Pra se ter uma ideia, o estado brasileiro cobra 25% de impostos sobre bens de renda e patrimônio, como casa e carro, e 50% sobre bens de consumo, como uma margarina, medicamentos etc. O padrão dos países desenvolvidos é precisamente o oposto: são cobrados 50% sobre bens maiores e 25% sobre essencialidades (comida, etc.). Nos EUA, por exemplo, são taxados 15% sobre bens de necessidade básica, e 60% sobre patrimônio. Quer dizer, segundo a lógica do Estado brasileiro, o cara bilionário vai pagar o mesmo que um morador de rua quando for ao supermercado pra comprar o essencial como um rolinho de pão, enquanto o mesmo rico vai pagar quase nada pra viver na mansão do Alphaville em que vive, o paupérrimo sabe-se lá se vai ter ao menos onde dormir. E pra não dizer que eu só coletei informações de site liberais, o banco de dados do próprio MTST aponta que cerca de 48% da população brasileira não tem residência adequada.lógica da carga tributária pelo Estado brasileiro não é apenas absurdamente invertida, ela é perversa, beneficiando os mais ricos!
O único aspecto em que o nosso Estado consegue atacar a desigualdade é por meio dos programas sociais, que são muito bem-vindos. Porém o efeito é tímido, pois só pra equilibrar as distorções causadas pela previdência (benefícios de funcionários públicos citadas no primeiro ponto) seria necessário aumentar DEZ vezes as contribuições do Bolsa Família.

Com base apenas nesses três aspectos é possível afirmar empiricamente, e aqui me faço valer de fatos e não de opiniões, de que 1/3 de toda desigualdade no Brasil tem como responsável a máquina pública. E isso eu só falei em termos técnico-estruturais, eu nem contei a corrupção que claramente existe a torto e a direito no nosso país. O nosso Estado é tão falho, que até Marx deve estar se revirando dentro do caixão de como suas idéias foram pervertidas. Se fosse pra haver uma reforma em que o Brasil de fato se tornasse uma Noruega, Suécia da vida, eu seria aqui a primeira a torcer pra que desse certo. Mas até lá nó temos um longo caminho enxugando a máquina pública e conseqüentemente tornando-a mais eficiente por meio da privatização.
 
Fonte: Afonso & Salto (2016). Revista Conjuntura Econômica

 
 


terça-feira, 4 de outubro de 2016

Nordestinando 04/10/2016

Parafraseando o que um nordestino do interior muito invocado disse:

''Se político vier te oferecer notinha de 100, encher tanque de gasolina, vai e aceita mesmo, e pra ele aprender a deixar de ser besta, tu vai e ainda vota no teu candidato mesmo.''

auahuahuah

Como um bom nordestino, não pode faltar no vocabulário um sonoro: ''vão se lascar, bando de corrupto!'' AUHAUHA

Nordestinando 04/10/2016

Parafraseando o que um nordestino do interior muito invocado disse:

''Se político vier te oferecer notinha de 100, encher tanque de gasolina, vai e aceita mesmo, e pra ele aprender a deixar de ser besta, tu vai e ainda vota no teu candidato mesmo.''

auahuahuah

Como um bom nordestino, não pode faltar no vocabulário um sonoro: ''vão se lascar, bando de corrupto!'' AUHAUHA