Talvez seja bem verdade que exista essa dualidade da alma que sempre aponta pro ''aquilo que fizermos ao outro volta pra gente''. Essa sensação de manter a língua controlada, de nunca ofender ninguém talvez seja a maior das tiranias. A tirania de agradar a todos com sua opinião... Isso não acontece... O mesmo que te divide de algumas pessoas é o que te aproxima de outras... Adianta bradar pra evitar o mundo? Não. Mas faz sentido de que algum modo sejamos parciais. Porque a parcialidade nos define. A parcialidade cria o eu-outro. Precisamos desse senso. Desse senso de onde estamos e de onde não estamos no mundo.
Não tenhamos medo de dizer 'não' a certas coisas. Não tenhamos medo ou vergonha de defender o que pensamos. Não tenhamos medo de ser estúpidos algumas vezes o suficiente pra nos levar a humildade. Que nos coloquemos a prova mais vezes, não como quem chuta o pau da barraca, mas como quem com medo enfrenta ele e prossegue adiante. O medo da rejeição. O medo do que os outros vão pensar. O medo das amarras invisíveis.
Quando a oposição vier e dividir as mentes, e alguns não gostarem de nós, ai teremos certeza que temos integridade e firmeza nas nossas convicções.
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