quinta-feira, 6 de agosto de 2015

A se pensar...



Antropologia é a compreensão profunda de que as diferenças é que são as riquezas. De que são ,intrinsecamente, as diferenças e não a homogeneidade de ser que acrescenta ao debate.
Hoje eu me pergunto sobre como as definições chegaram ao mundo. Quem definiu o rosa pra mulher e o azul pro homem, por exemplo? Quem ordenou o mundo nesse ''chão de sentidos''. Eu não falo do valor em si, mas da interpretação do valor. Supondo que a cor seja o instrumento, o valor seja a classificação ''feminino'' e ''masculino'', quais são as leis invisíveis sociais que estabelecem às cores as respectivas classificações? Quais são as leis morais que intervêm para a formação cultural vigente? Onde está alicerçada a moral de cada cultura de modo que sejam regidas por essas características culturais?
''Ah, mas questionar os símbolos? Pra que perder tempo e fôlego com isso? Pare de mexer na ordem das coisas e relativizar tudo!''
Mas então, o que ganhamos e o que perdemos com a relativização dos símbolos? Eu acho que essa é a questão matriz sobre todas as outras. Essa questão nos remete ao ''porquê'' de o mundo ser organizado como ele é e onde queremos chegar ''sacudindo'' as estruturas vigentes.

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